Fibromialgia

FIBROMIALGIA

É uma síndrome comum de poliartalgia disseminada associada a fadiga crônica e um padrão de sono incapaz de restaurar as energias do paciente. Caracteriza-se pela presença de pontos profundos de dor referidos. A fibromialgia primária foi definida como dor musculoesquelética generalizada crônica e hipersensibilidade em múltiplos locais; também associa-se com rigidez matinal, sono perturbado e fadiga, algumas vezes, com queixas vagas de sensação de inchaço ou parestesias. 

No exame físico, podem-se detectar pontos hipersensíveis em múltiplos locais sobre os músculos e ligamentos, em particular nas bordas superiores do trapézio. Em geral, o distúrbio é observado em mulheres de meia-idade e quase sempre está associado com fadiga, ansiedade e depressão. É comum a ocorrência de cefaléias tensionais e síndrome do intestino irritável. 

Estima-se que a fibromialgia seja a terceira maior causa, em termos de freqüência, que levaria um indivíduo a procurar um reumatologista. No entanto, embora seja entidade clínica freqüente o diagnóstico de fibromialgia é sempre de exclusão. 

Os sintomas tendem a ser constantes ao longo dos anos; excepcionalmente, constatou-se que a fibromialgia pode ser premonitória de psicose ou hipotireoidismo. Não existem anormalidades bioquímicas, imunológicas ou anatômicas constantes na fibromialgia. Um limiar de dor à pressão exercida sobre certos locais e a maior sensibilidade das pregas cutâneas deram origem a numerosas tentativas de demostrar a existência de anormalidades periféricas localizadas, assim como a especulação de que a fibromialgia é um distúrbio de modulação da dor. 

Os pacientes cuja fibromialgia começa agudamente após um evento traumático específico comportam uma maior probabilidade de ficar incapacitados que aqueles nos quais o distúrbio se instala insidiosamente. 

A fibromialgia é muito menos comum em homens que em mulheres e em geral, afeta indivíduos mais jovens e tendem a estar associada a pontos hipersensíveis. Os exames laboratoriais apresentam-se normais. Quando estimulado, os pacientes conseguem movimentar as articulações em toda a amplitude de movimento sem maiores dificuldades. O paciente apresenta desconforto persistente mais generalizado, que é menos tangível. 

A freqüência da polimialgia reumática vem se tomando cada vez mais elevada, talvez pela maior expectativa de vida atual, porém é subdiagnosticada e geralmente confundida com a espondilose cervical ou ombro doloroso. 

Enfim, as queixas subjetivas de dor, espasmo e "incapacidade" quase sempre não permitem medidas objetivas. O número de pacientes portadores de "reumatismo de partes moles" é muito grande, e de proporções crescentes. Sob essa denominação, um tanto quanto arbitrária, e talvez, até controvertida, agrupam-se enfermos com os mais diversos diagnósticos e que necessitam igualmente de diferentes abordagens terapêuticas. 

A fisiopatologia dessa síndrome ainda não está bem esclarecida. 

O tratamento deve enfatizar sua natureza não-destrutiva, e o médico deve ser prudente no que concerne ao uso excessivo de medicamentos para minorar a ansiedade ou induzir o sono. Constatou-se que a amitriptilina em pequenas doses consegue combater a dor e aprimorar o sono em alguns pacientes. 

Em alguns pacientes pode-se obter resultados benéficos com analgésicos suaves, aplicação de calor e massagem. 

Em outros pacientes com pontos de gatilho, a massagem ou a injeção de anestésicos locais nos pontos de gatilho podem produzir alivio. 

Nas fases mais agudas, podemos utilizar a crioterapia, a iontoforese com histamina, eletroterapia e iniciar a cinesioterapia o mais precocemente possível, visando manter a amplitude articular. 

Nas fases sub-agudas e crônicas, podemos usar o calor superficial ou profundo, dependendo das estruturas acometidas, será a terapêutica de eleição. 

Os exercícios devem seguir um roteiro pré-estabelecido de acordo com o grau de lesão, o acometimento anatômico e a evolução da doença. A fisiologia muscular e biomecânica articular devem ser respeitadas.

CONCLUSÃO

De antemão, concluímos que a fibromialgia é uma patologia que envolve vários fatores, como muscular e SNC. Todavia, necessita de um acompanhamento de um especialista para que o processo de desenvolvimento da patologia não ocorra.

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